Os vereadores do PSD eleitos pela Coligação Acreditar no Faial defenderam, na última reunião de câmara, a necessidade de conclusão urgente das obras da 1ª unidade de execução do projeto da Frente Mar, manifestando uma vez mais a sua preocupação pelo facto de a obra do Largo do Infante ter demorado 2 anos quando o prazo de execução era de um ano, e de o parque de estacionamento da Rua de São João se encontrar ainda mais atrasado, quando a data prevista para o final da obra era o dia 19 de junho de 2019, há mais de um ano.
Estas declarações ocorreram na primeira reunião após uma visita dos vereadores à obra da Praça do Infante, reunião em que foi aprovada pelo executivo a “cessão da posição contratual da empreitada de requalificação urbana da Frente Mar da Cidade da Horta: requalificação do adro da Igreja das Angústias, do Largo do Infante D. Henrique e Execução do parque de estacionamento”, da empresa à qual foi adjudicada a obra a uma outra empresa de construção civil.
Carlos Ferreira, Estêvão Gomes e Sandra Goulart destacam o facto de, por diversas vezes, terem demonstrado a sua preocupação em relação aos sucessivos atrasos da obra intitulada pelo executivo camarário como prioritária para a ilha do Faial e que totalizará 10 milhões de euros, e de terem votado contra a prorrogação do prazo em junho de 2019, e novamente em dezembro de 2019.
“Considerámos justificável a suspensão de trabalhos durante a fase mais rígida do confinamento decorrente da Covid-19”, mas nada que justifique mais de um ano de atraso”, afirmam os vereadores.
Para Carlos Ferreira, Estêvão Gomes e Sandra Goulart, “a cessão da posição contratual agora oficializada veio mostrar que tínhamos razão quando votámos contra as prorrogações do prazo. Se na devida altura o executivo tivesse sido mais assertivo, esta situação teria sido antecipada e provavelmente hoje a obra estaria concluída”.
No final do mês de agosto de 2018, foi assinado o auto de consignação, definindo um prazo de 300 dias para a execução da obra de requalificação do adro da Igreja das Angústias e do Largo do Infante D. Henrique e Execução do parque de estacionamento, contudo, passados quase dois anos a obra não se encontra concluída.
“O PSD defendeu desde o início que a requalificação da Frente Mar era, e é, muito importante para a cidade da Horta, e que esta deveria se interligar com a obra do Porto do Horta, para que as duas obras se interrelacionassem simbioticamente, e que a ligação umbilical entre a cidade e o seu porto fosse reforçada”, recorda a vereação social democrata.
“Infelizmente, o PS sempre utilizou a obra para campanha eleitoral. Após quase 6 anos do início do projeto, temos 5 apresentações públicas, 2 inaugurações, 1 obra concluída, 1 em fase de conclusão e 1 ainda mais atrasada, 4 prorrogações de prazo e mais de 1 ano de atraso e ainda vamos na primeira fase”, concluem.
Relativamente à visita realizada, os vereadores fizeram uma apreciação global positiva da obra do Largo do Infante D. Henrique, que entendem ter ficado valorizado, embora tenham considerado também que o edifício para o posto de informação está sobredimensionado e deveria ser menos impactante e que o resultado da ciclovia só poderá ser aferido quando a mesma estiver concluída.
“Na nossa perspetiva, o resultado final da intervenção no Largo do Infante é positivo e só a devolução do largo à cidade já seria motivo de alegria para todos nós, pois não se justificam os dois anos de taipais que foram impostos aos faialenses”, afirmam.
Quanto à área envolvente ao Forte de Santa Cruz, Carlos Ferreira, Estêvão Gomes e Sandra Goulart reiteraram na reunião do executivo a sua discordância com a substituição da calçada portuguesa por basalto cerrado, que afirmam ter motivado o “empobrecimento” do local, e relembraram a proposta anteriormente apresentada de recolocação do brasão retirado, aguardando pelas soluções que os serviços camarários estão a estudar para que o brasão volte ao espaço em frente àquele monumento nacional.
