O PSD/Faial considerou como “mero oportunismo eleitoral”, a reunião que a secretária regional dos Transportes e Obras Públicas teve, em Lisboa, com o Ministro das Infraestruturas e Habitação, “para tratar de temas de responsabilidade partilhada e de responsabilidade do Governo da República”.
“Entre esses temas estava, naturalmente, a constantemente adiada obra de ampliação da pista do Aeroporto da Horta que, surpreendentemente e a um mês de eleições legislativas nacionais, motivou uma reunião ao mais alto nível, depois de anos de inação e promessas incumpridas”, avança Carlos Ferreira, o líder da estrutura local do PSD.
Segundo o social democrata, “tratou-se de mais uma operação de charme, oportunista, e que não terá resultados práticos a curto ou a médio prazo, que não a inclusão da obra no Plano Nacional de Investimentos (PNI) até 2030. Ou seja, o governo não pretende avançar, sequer, na próxima legislatura”, refere o social democrata.
“A população do Faial está cansada de ouvir falar e prometer sobre esta obra”, diz aquele responsável, lembrando que, em outubro de 2018, “fomos brindados com a notícia da inscrição de um artigo sobre o Aeroporto da Horta na anteproposta de lei do Orçamento de Estado. Mas não passou disso. O resultado prático até agora é zero”, afirma.
“Estamos a falar de uma aspiração legítima dos faialenses, e de uma promessa eleitoral antiga do PS, que ganhou muitos votos em atos eleitorais sucessivos à conta dela. Nós, faialenses, temos cada vez mais a certeza de que fomos enganados”, diz Carlos Ferreira.
“A ampliação da pista do aeroporto da Horta é fundamental para a mobilidade da população e para o futuro desta ilha. Até porque uma ilha sem acessibilidades é uma ilha estrangulada na sua capacidade de desenvolvimento”, adianta.
A cerca de um mês de mais um ato eleitoral, o líder do PSD/Faial sublinha que “o governo da república, o governo regional e o PS já não têm mais respostas para dar aos faialenses sobre este tema”.
“Os anúncios feitos com pompa e circunstância, as notas de imprensa abundantes e os votos de congratulação no parlamento regional, na assembleia municipal e na câmara da Horta, e em alguns órgãos de freguesia, descredibilizam toda a ação socialista em torno dela”, refere o social democrata.
“Por responder ficaram pedidos de esclarecimento por parte de vários intervenientes sociais e políticos e da população em geral, que foram repudiados e classificados de críticas sem fundamento”, lamenta.
“Estamos no fim do terceiro trimestre de 2019, e não se vislumbra qualquer concretização prática da ampliação inscrita na lei do orçamento. A 6 de outubro, teremos eleições, e os faialenses vão dizer o que sentem sobre todo este processo“, concluiu Carlos Ferreira.