A Assembleia Municipal da Horta vai passar a contar com uma comissão para acompanhamento da problemática das acessibilidades aéreas e marítimas ao Faial. A decisão foi tomada na última sessão por proposta do PSD e teve o acordo de todos os partidos bem como do deputado independente.
Nuna Menezes, primeira subscritora da iniciativa, apontou como objetivo da CEPAAM (Comissão Especializada Permanente sobre as Acessibilidades Aéreas e Marítimas) «um trabalho contínuo de estudo, recolha de informação e acompanhamento sistematizado destas questões, a fim de melhor habilitar todos os deputados municipais e a própria Assembleia na respetiva abordagem».
A criação da CEPAAM pretende contribuir para uma solução que ponha fim aos «constrangimentos múltiplos e graves» que «ocorrem há vários anos» no que respeita às acessibilidades à ilha do Faial, explicou a deputada municipal social-democrata, lembrando que estes problemas «mantêm-se sem garantias concretas de solução a breve trecho».
O texto que enquadrou a proposta recorda que «os faialenses, quer individualmente, quer em grupos de cidadãos organizados, quer através dos seus representantes nos órgãos autárquicos e regionais ou nas associações a que pertencem, têm-se manifestado repetida e insistentemente» contra o modelo dos transportes em vigor.
Apesar das «recomendações, petições, deliberações e votos de protesto» da própria Assembleia Municipal «quase tudo» tem «ficado sem respostas» e não há sinais que dêem «esperança ou tranquilidade» à população da ilha do Faial, conclui o texto citado, justificando a criação da CEPAAM.
À margem do debate na Assembleia Municipal Nuna Menezes adiantou que esta comissão poderá ser «mais uma forma de pressão» no sentido da resolução do problema das acessibilidades ao Faial, mas sobretudo «um meio através do qual se possa fazer uma análise aprofundada dos múltiplos problemas que se geram em consequência da ineficácia dos transportes que servem a ilha».
Se a Assembleia Municipal, com o trabalho desta comissão, «contribuir de forma ativa e positiva para que sejam ultrapassados os bloqueios que impedem um maior progresso do Faial, então concluiremos que os seus membros estão a fazer bem o seu trabalho, para o qual, aliás, se encontram mandatados pelos eleitores», resumiu Nuna Menezes.